domingo, 31 de julho de 2011

O outro lado do amor

Juntam-se os trapos,
Roupas e farrapos,
Revolução no roupeiro!
Duas escovas de dentes,
Mais acessórios e pentes
Dão alegria ao banheiro...

É um “Sei que vou te amar,
Minha vida te dedicar”,
Por entre beijos de paixão!...
Amor explodindo em frenesi,
Corpos suados, fora de si,
Doces delírios em turbilhão...

Pra eternidade é este amor,
Que nada, seja o que for
Será capaz de abalar!
Almas gêmeas que se unem,
Apaixonadas se fundem,
Pra vida inteira enfrentar...

Mas um dia (há sempre um dia)!
Outro alguém rouba a fantasia
Da eternidade desse amor...
Volúveis são os corações,
De curta dura as paixões,
Oh!Perjuras juras de amor!

Depois, é o déjà vu...
É um “Je ne t’aime plus”
Com fria determinação!
Agora me digam, doutores,
Como enfrentar os horrores,
Desses males do coração?



Anteriormente publicado no Recanto das Letras

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Aniversário


As estrelinhas nascem com seu curso já determinado. Meus caminhos sempre foram indicados e iluminados pelo brilho de uma dessas estrelinhas.

domingo, 24 de julho de 2011

Minhas várias metades

Metade de mim é tormento
um não sei quê de lamento
na minha alma caldeado...
A outra metade tem ouro
parte de um grande tesouro
que a mim foi confiado...

Metade de mim é nostalgia
que me compele à poesia
em rimas à “sóror saudade”...
A outra metade é ventura
misto de alegria e ternura!
-Será isso “felicidade”?!...

Uma metade de mim é introvertida
enclausurada e encolhida
em momentos de reflexão...
Mas a outra metade é carinho
que cabe bem direitinho
dentro do teu coração...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Divagando



Amor dito "verdadeiro"é uma montanha de difícil acesso; Mas, mais difícil que atingir seu cume, é nele acampar e sobreviver a todas as intempéries, variações abruptas de temperatura, ataques de predadores e fatal atração de corpos celestes que no em torno gravitam...

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Com a idade, queda da líbido é fatal como o destino; É aí que o tal de "Amor" se transforma em estrutura primária: Tudo desabará, se as propriedades resistoras da estrutura não forem capazes de uma resposta adequada.

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É preciso não acreditar demais nos dourados versos de amor do poeta; Como nem tudo o que reluz é ouro, muitos desses versos são para acalmar os ânimos da musa sériamente zangada. Musas são extremamente suscetíveis...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Doce "traição"

Os nós cegos
Que a ti me atam,
Não desatam
Não dilatam...

Se em sonho te "traio",
Afinal eu não te traio
Porque é o teu rosto
Que na fantasia é posto!
E a minha "traição"...
É com teu corpo e teu coração!

domingo, 10 de julho de 2011

Cyclophagus

                           Foto por Luis C Nelson  -  Será um Cyclophagus algo assim?!

Patricia Melo (Cadernos do Ticino) disse ser "imperdível" e eu acabei comprando o livro de Joyce Carol Oates "Wild Nights", versão traduzida para o Brasil por Elisa Nazarian e publicada sob o título "Descanse em Paz" pela Texto Editores de São Paulo. Li de um só fôlego as histórias sobre Poe e Emily Dickinson e parei para voltar ao Farol de Viña del Mar, subir os 190 degraus para acender a lanterna, mas, muito principalmente, para conhecer o aterrorizante "Ciclofagus". Quando me sentir satisfeito, prosseguirei através das histórias escritas sobre Mark Twain, Henry James e Hemingway.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Temo

De repente, de alguma forma, eu sentei num carrossel. Minha cabeça passou a rodopiar, cérebro centrifugado, enquanto um ponto negro foi aumentando de tamanho. Ciclópicas forças chegaram em meu socorro para me agarrar e evitar que eu fosse sugado pelo pavoroso e negro sorvedouro.
Estou acordado e sentado num carro em andamento, mas não dirigido por mim. Abri a janela para ventilar e estou enjoado. Acabo de resistir a um desmaio...Que estará acontecendo comigo?


Temo, Nina, tudo do nada,
pois nada é certo e sabido
a não ser o já percorrido
caminho da vida passada
com tudo do certo e sabido
de coisas boas ou más
que nos hão acontecido
e fomos deixando pra trás...

Mas temo, Nina, a fraqueza
do meu corpo que nada é
do que d'antes era de firmeza
e saude... de ousadia até...
Temo, sim, Nina, não nego,
a velhice que se aproxima.

Só tua companhia me anima
Teu coração, meu aconchego...



domingo, 3 de julho de 2011

Grrrr!@#*

som estridente percussão vozes cantantes etílicas notívagas...sono sono sonho ruim...tropeção palavrão  bexigada mijada...sono sonho ruim tirania tinano...calor noite etílica rebita rebita...mexeram com a dona josefa madia kandimba...água de cu lavado...ah que sono...f*@s da p@*#...minha revolta já está de manhã...